Wednesday, October 28, 2015

Meadowland

A par do festival de Sundance existe um outro ainda mais independente que nos ultimos anos tem atraido diversas atenções pela forma como consegue conjugar o cinema independente com a presença de algumas figuras conhecidas do cinema actual. Falo obviamente do festival de Tribecca em Nova Iorque. Um dos filmes que foi apresentado neste certame foi este drama familiar, que mesmo sem grande entusiasmo foi bem recebido, e comercialmente sofre como todos os filmes independentes primeiro para estrear e depois para ter resultados minimamente visiveis o que acabou por não ser o caso.
O cinema independente dramatico tem na minha opiniao um problema muito grande, o nao ter grande elementos diferenciadores e neste filme temos mais disso, ou seja um filme sobre um drama intenso bem traduzido na forma como as personagens sao descritas em sofrimento mas pouco mais. Grande parte da duração do filme e a tentar interpretar silencios e isso pese embora possa dar e transmitir a dor das persoangens parece-me algo facil, e uma forma pouco creativa de fazer cinema por isso estive longe de ser entusiasta de um filme que utiliza em muito este estilo.
Claro que a determinada altura principalmente quando as personagens explode, acaba por ter mais impacto emocional principalmente na forma como o sofrimento e traduzido e nisso o resultado e o esperado, num projeto deliberadamente escuro, cujo objetivo mais que contar uma historia e espelhar o sofrimento das personagens com algum tão forte.
Em resumo um filme independente dentro de uma base que por vezes e comum neste tipo de registo, mas ao qual falta algo que lhe de alguma personalidade e o diferencie de um genero cada vez com mais filmes, que buscam a intimidade dos personagens nao pela sua comunicação verbal mas pelas suas expressoes e comportamento. O filme acaba por ser isto.
A historia fala de um casal que após um ano do desaparecimento enigmatico do seu filho tenta se ajustar a esta realizadade com todos os dados que uma situação como esta pode causar a individualidade e mesmo ao agregado familiar.
O argumento e muito limitado, quando se opta pelo silencio como forma de expressão e obvio que o resultado e um argumento pobre, sem nada de particular destaque, ainda para mais quando a linhagem narrativa e curta e obvia.
Na realizaçao temos a estreia de Reed Morano conhecida cinematogrofa de filmes independentes que aqui se estreia ao leme, normalmente esperamos mais originalidade mais imagem quando os filmes vem de alguem deste campo, não possa dizer que o seu cunho não está presente e mais discutivel se ele funciona.
No cast temos o foco localizado em dois actores longe dos seus campos de trabalho. Wilde tem talvez o papel mais dificil e exigente da sua carreira, e dá a intensidade e o peso dramatico e fisico que ele precisa, não sendo um papel de encher os olhos surpreende por ser numa actriz habituada a papeis bem mais soft. O mesmo poderesmo dizer relativamente a Luke Wilson que nos pareceu contudo mais desconfortavel fora da sua zona de conforto. Ja era previsivel algumas limitaçoes do mesmo em drama e aqui comprova-se algumas delas.

O melhor - O impacto emocional das quebras do silencio.

O pior - O silencio como forma de expressao e cada vez sinonimo de um cinema mais facil

Avaliação - C

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